Brilhando nas telas e no teatro, Nany People diz que a alegria é o melhor caminho e revela que esta colhendo os frutos de uma vida inteira de dedicação à arte
Por Claudia Mastrange
Não foi à toa que Fábio Porchat a chamou de ‘Tsunami’. Nany People tem urgência pela vida. Com o astral nas alturas, ela chegou chegando. No talento e no bom astral. Mas não veio ‘do nada’ como muitos dizem por ai, o que muito a diverte. São mais de 40 anos de carreira, com formação e muita dedicação, trabalhando ‘desde sempre’ nos bastidores do teatro.
Atualmente, ela viaja com espetáculo “Tsunany” pelo Brasil – neste 15 de maio é a vez do teatro Claro Rio, na Cidade Maravilhosa -, brilha em “Quanto Mais Vida Melhor”, no “Caldeirão” e tem muitos projetos para esse 2022 de retomadas. “Com a pandemia, é melhor ser feliz agora, com o que se tem, do que esperar por algo que você nem sabe se terá”, diz sabiamente.
Nas telinhas, ela ganhou um pouco mais o coração do público ao viver o Marcos Paulo de ‘O Sétimo Guardião’ e, depois, soltando a voz no ‘Popstar’. Em setembro, Nany planeja voltar ao Rio com o espetáculo ‘Nany é pop’. “Nele eu cantor o amor em seus vários estágios”, conta a artista, revelando a alegria de ter sido recebida com tanto carinho na Cidade Maravilhosa. “Fui abraçada”, diz.
Confira a entrevista exclusiva de Nany à Mais Rio de Janeiro.
“Tsunany” já está indo para mais um ano de plateias lotadas… Qual o segredo desse sucesso? O povo se identifica demais com tantas situações hilárias né? Qual a expectativa para o Teatro Claro?
Tsunany está indo pro décimo segundo ano! Há doze anos existe o nome Tsunany. Fui fazer uma virada cultural aí no Rio de Janeiro. Inauguração do quiosque Copacabana. Tinha uma cerimônia e o (Fábio) Porchat era o curador. Quando eu cheguei ele falou: “chegou o furacão do humor, o tsunami do humor”. Então por ter forma stand-up o espetáculo é aberto. Então entram textos novos, entram em considerações novas embora tenha alguns motes que são muito peculiares. Por exemplo, os tais dos ‘maus e bons hábitos tecnológicos na nossa geração’, sobretudo dizer que ‘deitou na ficha telefônica e acordou na fibra ótica’…ou o pessoal fazer a tal da harmonização facial que eu chamo de desarmonização facial … São os bons e maus hábitos modernos, que flui e de certa forma refletem diretamente nossa vida social, cultural, sexual e até política. Então é um solo divertido, a plateia corresponde há muito tempo todo e tudo com muito bom humor sempre. E a expectativa de eu estar no Claro Rio , neste dia 15, é uma coisa de estar de volta pra casa porque o Teatro Claro, quando eu fiz a novela, me recebeu de portas abertas o tempo todo. Eu estou muito feliz de estar de volta a esse teatro. Tem tanta história pra contar. Quero ver se volto segundo semestre fazendo o “Nany é Pop” que é um solo musical que eu canto amor no estágio da água e é lindo, eu idealizei ao sair do “Popstar”, parei devido a pandemia e estreei esse ano.
As pessoas estão precisando rir mais, depois de tanta tristeza na pandemia?
O riso ele é mais do que um ato de resistência como diz o nosso querido Paulo Gustavo ele é libertador. É a maior terapia que você pode ter. Quando você ri de você mesmo, fica sem telhado de vidro. Eu adoro citar uma frase do Bertold Brecht de que qualquer discurso pra ser pertinente tem que ser bem humorado. Então você só vai memorizar matéria da escola de professores divertidos.. Quando você ir de você mesmo você fica sem nenhuma cerca, nada te, pressiona, nada te segrega, você está livre, você tem bom astral com as coisas. E as pessoas estão precisando disso, sobretudo. A gente está passando ainda por momentos que as coisas estão sendo muito rápidas e não dá tempo de ficar idealizando um projeto de vida que pode ser que não aconteça. Então por isso que a gente tem que ser feliz agora sabe? É uma música do Oswaldo Montenegro fala “eu quero ser feliz agora” e parodiando também uma canção do Guilherme Arantes para “meu momento e agora meu caminho é feliz. Se há uma crise lá fora não fui eu que fiz”. Então a gente tem que ser muito boa companhia pra gente mesma até pra gente poder ser positivo com a vida. Com o próximo e com as situações do ‘não vai dar’ que a vida manda o tempo todo, sabe? Eu ando muito musical. Eu sempre a vida muito musical, muito me toca uma música da Bethânia tem tudo a ver que diz “a arte de sorrir cada vez que o mundo diz não”. Então a vida diz mais não do que sim é melhor levar o não, mas levar de bom astral entendeu? Porque através do não você procura uma resposta pra que ele vire sim. É isso. Não é frescura não. É psicologia de vida. Chama-se inteligência emocional até.
Acha que aprendemos muito com a crise sanitária mundial ou nem tanto:? Como atravessou esse período?
Essa pandemia serviu pra duas coisas. Primeiro pra ver quem é bom consigo mesmo. Quem é boa companhia pra si mesmo. Quem realmente já está meio que balançada e balançou mais ainda, né. Eu acho que houve pessoas que passaram por muitas calamidades, muitas tragédias de perderem entes muito queridos e muito rapidamente. A pessoa adoecer de manhã e não consegui passar a noite… Então isso foi muito trágico. A gente teve resposta de pessoas que de repente tinham uma situação de vida muito boa até e você vê que o dinheiro nessa hora realmente não é nada, que é uma questão de sorte também. Não basta só o dinheiro. Você vê que teve gente com cem anos que entrou num SUS – que salvou a vida de muita gente, todo mundo – e ficou lá, sendo cuidado com um monte de gente e saiu, foi recebido com onze pombos.. Eu ficava emocionada toda vez que eu via alguém sair, ‘eu venci a covid, eu venci a covid’. Então a gente aprende com isso que é questão de sorte, sabe? De fé e de cada um tem uma história, cada um tem um ciclo, cada um tem um trajeto. Perdi amigas muito queridas, amigos muito queridos mesmo e que não tinham nada, não tinha nenhuma doença de comorbidade, nada e um até morreu no dia do meu aniversário, no dia do aniversário do filho dela, do único filho dela. Eu senti demais isso e acho que essa pandemia serviu pra gente ter uma certeza imediatismo, de ser feliz. Você protelar a felicidade pra quando você aposentar, pra quando você casar, pra um certo momento, porque talvez esse momento não chegue? Então é melhor você ser feliz com o que tem agora do que achar que vai ser feliz com o que talvez nem possa conquistar. Vou repetir. É melhor a gente ser feliz com o que tem do que com aquilo que a gente pode ser quenem conquiste. Então serviu pra isso, pra mim pelo menos serviu pra isso.
Agora você está colhendo os frutos, especialmente no quesito visibililidade, de tantos anos de trabalho, sonho, dedicação…Como define esse momento?
Olha, na pandemia eu fiquei em casa e pensando assim: gente eu dediquei a minha vida, a minha história numa situação, numa profissão, num ofício, numa profissão de fé que eu nunca pensei em ser outra coisa a não ser artista. Desde os quatro anos de idade eu sempre quis isso. E eu vim pra São Paulo com pouco recurso que eu tinha, aos 20 anos, pra estudar teatro. Fiz Macunaíma, fiz Interpretação na UNICAMP. Tive grandes musas inspiradoras na minha vida, Lilia Cabral, Fafá de Belém, Rogéria, Eb, minha mãe, são mulheres da minha vida, que eu me inspirei nelas. E mesmo eu vi Lilia Cabral fazendo “Feliz Ano velho” em 1983, em São Paulo Teatro Augusta. Eu falei: quero vir pra São Paulo pra estudar teatro e fui pra São Paulo pra estudar teatro por causa desse espetáculo da Lília. E 30 anos depois, a vida do teatro a arte me pôs encontro com ela em “O Sétimo Guardião” e nos tornamos amigas e eu adoro proclamar isso sabe por quê? Porque a gente descobre aí que querer é poder. Quando você tem um sonho e vai atrás, você vai plantando, plantando e uma hora semente vem. Então, até com relação a pandemia eu descobri ali que é bíblico e que existe sempre um tempo, um momento para tudo que está sobre o sol. Então, se eu plantei, estou há trinta e sete anos em São Paulo. Eu fiz o teatro na profissão. O teatro me levou pra rádio, pra cinema, pra revista, pra TV, pro show business, pra tudo, pra música… O teatro foi meu grande portfólio. E eu dou graças a Deus por isso. Eu estou com 57 anos, faço agora em julho. E estou colhendo exatamente o que eu plantei a vida toda. E quando eu cheguei no Rio de Janeiro e foi surpresa pra mim.Era uma coisa meio esfinge sabe ? ‘decifra-me ou te devoro’. Falei: ninguém me conhece no Rio, eu não tenho uma carreira solidificada no Rio, não fiz tanto teatro no Rio. E qual foi minha surpresa que eu fui recebida de braços abertos, pelas pessoas pela comunidade e muitos colegas de trabalho ,se não trabalhavam comigo em São Paulo, já tiveram amigos que trabalharam comigo. Então é como você disse, eu estou tendo essa visibilidade e esse reconhecimento devido ao ano de plantio. Então agora estou na colheita. E estou dando graças a Deus que está colhendo tudo na hora certa, sabe? No tempo certo, no time certo.
O artista LGBTQIA+ esta conseguindo abrir mais espaço nas novelas… Nas artes de modo geral?
Olha, eu acho que em todo lugar, né? Ah, o artista, não só o artista, o movimento LGBTQIA+ conquistou espaços que, da minha geração, não é possível a gente falar que era inclusive até. Então, acho que é devagar que chegou longe, as coisas acontecem no momento certo, eu por exemplo fiquei 18o anos tenta ter o direito de usar o meu nome, Nany People, a minha condição, do meu gênero feminino enquanto mulher trans, que sou, nos meus documentos. E na hora certa veio certo, agora aconteceu. Tive três audiências antes e era mais complicada, era mais complexo o processo. Como era complexo o processo você ter uma empresa pra a serviço de uma emissora de TV e tem que ter um sócio na empresa jurídica. Hoje você pode ter uma empresa jurídica e ser uma empresa sozinha , entendeu? Então você tem uma condição de andamento, de progresso,a coisa andou. Então eu acho que o movimento LGBT precisa ter mais dignidade, mais direito, mais respeito à população LGBTQIA mais precisa. Como tem que ter também pela mulher. O feminicídio está demais, tudo é questão da gente batalhar pelas leis. E que a gente tenha literalmente uma lei que seja coerente com que aquilo que a o agressor faz. Porque e só assim você vai conseguir fazer com que o desrespeito à população, às pessoas, à mulher seja tão assim banal como tem sido. O Brasil é um país que precisa caminhar mais ainda com relação a isso, mas realmente hoje graças à cultura, o esclarecimento, a internet tem feito com que as pessoas literalmente tenham conhecimento de seus direitos de serem, estarem, permanecerem e ficarem como é seu de vida. É isso.
Como tem sido o trabalho na divertida “Quanto Mais Vida Melhor” ? Madame Lu anda roubando a cena…. Como é esse bastidor? Já tem propostas para próximas novelas?
Olha a madame foi o presente que a novela me deu porque assim… você veja comoa g : a gente tem que fazer do limão a limonada. Fazendo PopStar Alan Felipe foi no meu camarim me convidou pra fazer uma participação que a novela se chamaria “A Morte Pode Esperar”. Eu ia fazer o papel da morte. Veio a pandemia não se pôde fazer tanto humor com a morte como seria mudou-se o prumo, mudou o tom, mudou tudo a novela, mudou até o nome da novela. Ao invés de uma morte pode esperar, passou a se chamar “Quanto Mais Vida Melhor”. E em setembro, quando começaram as negociações eu fui preterida da novela. Acabei não entrando a novela. Em fevereiro do ano seguinte de 2021, o Alan me liga e fala olha tem um personagem tem a participação que você vai fazer que é a porteira de motel motel que eu acho que você vai fazer muito bem. Porque tudo acontece no motel, é um motel mais bombado da Tijuca que é Arriba Caracas. E lá fui eu de carro. Era muito complicado a gente gravar ainda em fevereiro. depois em março parou de novo…. Voltamos em abril e maio. Enchia de carro aquele acrílico separando no carro todo vestido de branco, lá nas gravações. Todos os funcionários, todo mundo que aquela coisa precisa saber se era um estúdio de gravação ou um centro cirúrgico. Todo mundo de branco, aquela máscara, aquela coisa de acrílico no rosto, óculos. Nossa, uma coisa medonha. Aí a gente, para gravar, tinha que por aquela máscara, quando tirava saiu o santo Sudário, enfim. Comecei a fazer a porteira de motel e dar o meu tom, né? No personagem. Você vai dando o teu tempero. E aí chegou uma hora que o (diretor) Mauro Wilson veio falar, tem uma personagem que é uma cartomante, que eu acho que a Nani vai fazer bem. Aí quando o Alan me falou, vou, vamos tentar. E eu fui literalmente aquela coisa meio Walter Mercato, sabe? Fazer uma ‘la cucaracha’ E aí foi divertidíssimo, foi assim mel na sopa, o elenco se divertia, a produção se divertia, eu me divertia mais ainda e adorei fazer. Então tudo casou, tudo deu certo pra que o personagem acontecesse e você vê, ele é tão é infundado pra ser de verdade, que a personagem começa acertar as previsões, né? O curioso é isso. É tão fake que ela acerta as previsões, ela pode até ser crível. E se fosse gravada agora, com certeza tinha sido mudado o rumo dela. Mas como a gente já tava gravando desde o ano passado, em novembro… E as obras agora todas vão ser assim né? No próprio “Sétimo Guardião” o meu personagem, meu contato, a priori seria de três meses. Depois assinei a extensão do contrato e o personagem tomou outro rumo na história toda. Então o bom da obra aberta é quando ela é coisa de ser gravada fazendo . Quando cê grava tudo, é como minissérie, tem começo, meio e o fim foi destinado já. Mas foi um presente a novela. Fiz uma participação numa série da Globoplay, tô fazendo ‘Caldeirola’ e vou fazer agora mais dez episódios do “Vai Que Cola”. Agora teledramaturgia, por enquanto ainda não. Estou esperando. Estou pedindo pro universo. …
E o ‘Calderola do Mionzera’ ? Você anda fazendo a jurada malvada no ‘Caldeirão”…. rs Que dica dá pra quem quer crescer , aparecer e fazer sucesso de verdade?
Olha que engraçado que eu estou fazendo uma jurada malvada. Foi ótimo você falar isso. Por quê? Porque a malvada era pra ser a Juliana Paes. E eu amei pegando um pouco da Aracy de Almeida pra mim, né? Ser mais crítica, mais de falar a real, na hora certa por exemplo, né? Eu acho que a dica que eu dou pra quem quer crescer é você ir embora.Se inspirar em alguém, mas deixar uma aresta um pedaço do seu DNA, da sua história ali. Você pode ter alguém pra se inspirar; eu por exemplo eu inspirei Rogéria quando eu vi Rogéria em cena aos quinze anos falei: eu quero fazer isso que ela faz. Mas tem que chegar uma hora de você procurar o teu mecanismo, para a tua arte aparecer, a sua digital aparecer. Então se é que existe uma dica, a dica é: seja você, se inspire em alguém, mas seja você, porque senão vai ficar retrato falado e aí não dá pra ver se a pessoa está fazendo de verdade e está fazendo pra imitar. Porque vira um concurso de imitação. Acho que autenticidade, acima de tudo.
Você viaja com as peças e grava também no Rio. Já se sente um pouquinho carioca? O que tem curtido mais na Cidade Maravilhosa?
Você sabe que eu chego ao Rio de Janeiro e me belisco todo dia, né? Porque a minha mãe ela teve ah o sonho de crescer o Rio e eu pude levá-la várias vezes, mas meu pai fazia chantagem. Ela não ia e teve um câncer muito agressivo e não conheceu o ritmo de verdade. Então, de certa forma, ficava pouco à vontade no Rio. Mas quando eu chego eu não tem como não ouvir na minha cabeça “Cidade maravilhosa”, sabe? Pão de açúcar, o Corcovado, o a o carinho das pessoas, é o jeito carioca de fazer as coisas, né? Uma coisa que eu acho curioso no Rio de Janeiro… Em São Paulo a gente tá ensaiando qualquer coisa, qualquer espetáculo. A gente vai fazendo e vai comendo… Aqui é mágico porque se fala o ‘para pra comer gente, vamos parar pra comer’. Eu acho isso máximo. Enfim, esse é maravilhoso o jeito de fazer as coisas de as pessoas serem despretensiosas assim. Sou mineira, mas eu tenho uma proximidade muito grande com São Paulo, minha identidade é muito paulista. Mas eu fico muito feliz, muito agradecida de ver o carinho das pessoas, a boa vontade das pessoas de quem quer fazer, de quem quer trabalhar, de quem faz com diversão. Uma coisa que eu : o pessoal quando fala, ‘fala comigo, fala comigo’. É o máximo, no próprio ‘Caldeirola’ é uma festa. Então eu sou muito feliz e agradecida de estar nesse momento desde que eu comecei a fazer o “Sétimo Guardião”, na Globo, na própria Globo. Você veja, eu não tenho gestor de carreira, eu não tenho empresário. Sou eu que negocio tudo, eu que falo tudo e sou bem tratada, muito bem recebida.Até quando eu não entendo alguma questão, eles tem muita paciência em me instruir e acho que o meu histórico diz por mim, né? A minha vida no teatro, minha vida no mundo artístico, nas emissoras que eu trabalhei. Então isso pra mim é um presente muito grande. Me sinto muito abraçada. Não estou fazendo média não. Abraçada mesmo, que eu sou muito transparente. Quando eu gosto eu gosto, quando eu não gosto eu deixo bem claro e já puxo logo o leque.
Tem filme vindo aí, “Vai que Cola”… Conta um pouco sobre. E que projetos mais vai tocar por esse 2022 afora?
Olha, presente que o Rio me deu, que não tem como.São as amizades, mas assim, o meu encontro com o diretor de cinema Hsu Chien, que me dirigiu em “Quem vai ficar com o Mario”, eu chamo ele de meu Almodovar oriental. Ele é um diretor que ouve os atores, a nossa sugestão e agora vou fazer mais dois filmes com ele. Vou fazer agora em junho, em Fortaleza, uma comédia deliciosa. E em agosto um filme gravado no Rio Grande do Sul, que se chama “Um dia cinco estrelas”. Tudo tem um dia, né? Muito legal. E vou encontrar amigos com quem já trabalhei, um elenco primordial, que é um presente. Outro presente: meu reencontro com o Mion, que é uma pessoa que faz parte da minha história na TV. Nós trabalhamos juntos em outra emissora . A gente se diverte muito e é nos dado o direito de ser quem a gente é. A gente fala o que a gente pensa o que a gente sente, nada é induzido, é todo mundo de verdade. O “Vai que Cola” foi outro reencontro lindo com atores. A Catarina(Abdala) conheço de 1996, fiz um filme com a Cacau em São Paulo ano passado, fiz “Ferdinando Show” também… Fiquei muito feliz quando eu fui fazer uma participação que acabou virando mais episódios.Então tenho na verdade um aparato de projetos de pessoas de conquistas que eu consegui devido ao trabalho. Estou degustando mesmo.. Estou muito feliz de estar nesse projeto todo e querendo saúde pra todo mundo né bem? Fazer o tsunami aí agora domingo no no Claro Rio. No segundo semestre vai ter uma mini temporada no Teatro dos Grandes Atores do “Nani é Pop” ou do “Tsunany”, a gente vai ver como é que vai fazer. E é isso, Caio Bucker e o Ricardo Fernandes e os produtores aí do Rio de Janeiro, são meus anjos da guarda. Eu conheci o Caio Bucker saindo da universidade da PUC. Você vê um garoto e hoje é um excelente produtor, um exímio produtor . Um querubim que virou arcanjo e meu guardião aí.
Fotos: @sergiocyrillo_