Atriz celebra o sucesso nas telas com “Pantanal e “Pureza”, engata projetos no cinema e fala de sua bela trajetória aos alunos do Projeto No Palco da Vida
Claudia Mastrange
São mais de 30 anos de carreira e uma trajetória digna de muito aplausos. Dira Paes, que recentemente brilhou na pele da Filó de ‘Pantanal’, começou a carreira aos 15 anos e logo em um filme internacional “A Floresta das Esmeraldas”. Na ocasião, a jovem atriz teria que estar em cena apenas de tapa-sexo e com os seios desnudos. “Família reunida para decidir o assunto, meu pai perguntou: ‘Você vai conseguir lidar com seus amigos na escola quando o filme for lançado?’ E eu disse. Vou. Meu pai pensou um pouco e falou: ‘Então experimente”, contou a atriz, sobre o início da carreira durante o ‘Papo de Mestre’, comandado pelo diretor Wal Schneider e realizado em 10 de novembro, no Projeto Social No Palco da Vida, em Olaria, Zona Norte do Rio.
Atentos, os jovens alunos da instituição, que sonham brilhar na arte dramática, absorviam tudo da experiência da atriz paraense, de 53 anos, que falou sobre a profissão de ator, resiliência, foco e contou histórias de bastidores das inúmeras produções em que atuou. Dira ficou encantada com o acervo do No Palco da Vida e as apresentações artísticas da turma.
Após o sucesso de “Pantanal”, a mãe de Inácio, 14 anos, e Martin, 7, celebra o sucesso do filme “Pureza”, ganhador de diversos prêmios; se prepara para lançar “Pasárgada’, em que assina a direção, e já esteve na Bahia, rodando cenas do filme “Ó Paí Ó 2”. Na agenda, ainda, o longametragem “Manas”, que está sendo rodado em Belém do Pará. Pelo visto Dira não pára. O público aplaude e agradece.
Confira como foi o Papo de Mestre, com Dira Paes.
Sua trajetória é referência para tantos que estão iniciando no mundo das artes….Como perceber que esse é o caminho, da vocação para a arte?
Muitos têm a capacidade de fazer uma boa improvisação. Agora pouca gente consegue repetir e repetir e repetir. Aí eu vejo a diferença em quem é de fato um artista e quem é uma pessoa com o talento nato. O artista por vocação ele consegue repetir, consegue ser ousado, ele não consegue inventar coisas. E eu vejo muito por aí. Que a diferença entre você perceber que quer ser artista de verdade ou se aquilo é alguma coisa que só te faz bem. É quando você sente falta da aula, dos colegas da leitura, dos filmes… Você tem vontade de fazer de novo, de voltar. Porque um artista pode se tornar um grande artista muito mais por vocação que por talento.
Quais foram suas inspirações no início, você começou muito menina, aos 15 anos…
Comecei aos 15 anos como muitas pessoas daqui estão, jovens fazendo teatro. Eu acho que não importa se você começa numa super produção…Eu comecei com uma Cinderela, fiz um teste, passei para papel principal de um superfilme. Tive um tratamento assim de estrela de cinema, de Hollywood, porque era uma uma superprodução internacional. Mas depois a minha vida voltou ao normal.Depois de seis meses voltou pra Dira que ia para o colégio, que tinha suas obrigações e que que não tinha aquela paparicação de de atriz de cinema. Aí o que que eu percebi? Que eu não tinha sido atriz ainda. Eu tinha tido uma experiência artística. Acho que me tornei atriz quando decidi vir pro Rio, com 17 anos, e pensei: eu quero ser atriz, experimentar isso. Aí eu eu percebi que eu era atriz. Fui para o curso teatro e ali vi que eu estava começando uma nova vida. O filme é uma coisa que um primeiro impulso… Depois de ter feito curso de teatro na CAL, vi que eu podia escolher a maneira de fazer a cena, improvisar, vi que eu podia dominar o tempo… E aí eu me percebi atriz, já fazendo o meu segundo filme, que foi “Ele, o Boto”, do Walter Lima Junior. Aí eu falei: é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida.

Papo de Mestre, com Wal Schneider, no Projeto No Palco da Vida
Nesse início quais foram suas referências?
Lá em casa e eu ia fazer Engenharia antes de decidir ser atriz e meus irmãos estavam todos assim formados, médica, engenheiro civil, engenheiro eletrônico, assistente social, músico, eu atriz e tem um doutor em educação física, meu irmão mais novo…. Naquela época, você perguntou, quem eram suas referências? Eu não tinha ainda porque comecei fazendo. Quando eu fui pros cursosd e teatro aí começaram as minhas referências. As minhas primeiras referências foram de atrizes do cinema brasileiro. Não de cinema estrangeiro. E aí eu começo a fazer cinema um filme atrás do outro. Eu era muito fã da Anecy Rocha. Atriz do cinema brasileiro da Adriana Di Pietro.Algumas que faziam cinema e teatro, Bete Mendes, com “Eles Não Usam Black Tie”.Aí eu comecei a ver a partir do cinema a minha vida artística. E o cinema me ajuda a me formar como adulta, me apresentando pessoas e referências, não só atrizes como pessoas atrás das câmeras. Depois quando termina a Embrafilme eu me lembro dos anos 90 eu penso no que fazer porque acabou o cinema. Eu fazia um a dois filmes por ano e eu tive que dividir o cachê em doze meses. Porque sabia que eu tinha que me virar com aquilo. Pensei: gente, tenho que procurar uma profissão porque acabou a minha profissão. Sou uma atriz de cinema e acabou o cinema do Brasil, com o fim da Embrafilme.Eu tinha que ter uma outra opção de vida.
Precisou buscar outro caminho…
Acho que isso é um bom conselho também: é muito importante a gente ter planos paralelos. Às vezes a gente só foca numa coisa e fica cego pras oportunidades que vão surgindo em outras coisas. Que valem a pena sempre você refletir, tentar. Aí eu fui cursar a Unirio. Uma universidade pública e fiz durante seis anos, porque no quarto ano de UniRio , quando eu ia me formar, fui chamada pra fazer minha primeira novela na Globo. Fiz a série “Arapongas” e durante a faculdade veio p convite para a novela “Irmãos Coragem”. E acho legal a gente falar que parece que artista não precisa se formar na faculdade. E pra mim sempre bem tão grande! Primeiro eu conheci toda a parte teórica do que é ser artista. Quase que eu me tornei teórica, eu só queria ser uma professora de teatro. Mas a vida me levou pro cinema de volta, me trouxe pra tela. Na idade das primeiras descobertas, a aula de teatro vale por muita coisa na vida. Para o autoconhecimento e pra você pensar se quer ter uma carreira artística ou alguma coisa paralela a isso.

Emoção total com a trupe de alunos do projeto social
Qual a diferença entre um set de cinema e de Tv? E aí você pode dar aquele passeiozinho pro teatro. Cada veículo tem uma mecânica para o ator, né?
Acho que são diferentes sim.No cinema você não faz vinte cenas em apenas um dia, na televisão você faz. No cinema você faz cinco cenas, quatro cenas por dia. Uma concentração, um cuidado, detalhes na televisão é muito mais rápido. Então os detalhes passam despercebidos. Eu diria que o teatro permite que o ator seja o protagonista do processo. No cinema o ator faz parte da engrenagem. Ele é tão importante quanto o quanto iluminador, quanto o contra regra, o técnico de som… É uma engrenagem que tem que funcionar junta. Na televisão a produção é a protagonista. Porque ela tem que entregar um capítulo por dia. Diferenças que a gente tem que perceber. Onde é que o ator tem o tempo maior dele? É no teatro. Onde é que o ator vira parte de uma engrenagem? No cinema. Onde é que o ator tem que correr atrás de um tempo e estar concentrado que é difícil – pra não perder a qualidade? … Porque você tem três minutos pra trocar de roupa e voltar. Você sai rindo de uma cena e na outra você tem que estar chorando e volta para o inicio da outra. A televisão é tão rica, tão acelerada que a gente vai fazer uma cena por exemplo, estar na cena tomando um drink. Aí você fica bêbada com água, e de verdade! A cena é tão rápida, o cérebro começa a trabalhar tão veloz que ele aceita o que você fala pra ele.
Como era em pantanal?
Pantanal que é a minha última experiência segunda a sábado. Bom a gente fala sobre isso porque parece que é só o lado querido né e glamouroso. Chegava na Globo no Projac – então Leblon ate Curicica. Chegando lá maquiagem cabelo… todo dia tá gente? Uma hora da maquiagem e cabelo mais ou menos, troca a roupa ou não, almoça, põe microfone, escova os dente, retoca a boquinha. Passa todas as cenas que você tem que fazer m, em Pantanal umas 20. E você não fica sentado. Se você estiver em todas as cenas você faz uma cena que é a mesma roupa que continua pra outra cena. Depois você sai daquela cena que vai trocar a roupa. Você troca a roupa, volta pra ela. Tem um break seis horas da tarde, de quinze minutos. Então você começa o estudio uma da tarde você sai às nove da noite e se você tiver em todas as cenas você não senta. E você tem que ter o texto maior na ponta da língua. E você tem que fazer boas cenas. Então não é fácil fazer televisão mas é um lugar onde você aprende rápido.

Ao lado de Marcos Palmeira, a atriz brilhou como a Filó de “Pantanal” (Foto João Miguel Junior)
E no cinema?
No cinema vai ter uma pessoa que vai cuidar de você, conversar com você… A direção que vai que vai estar do teu lado. O cinema ele ele dá mais atenção pro ator nesse sentido. O do teatro é o nosso lugar. Somos nós que fizemos como as coisas funcionam, nesse sentido. E agora eu acho que nos dias de hoje tem um outro veículo que são as mídias sociais, onde nós nos editamos a nossa história, fazemos a nossa revista e a gente mostra pra pessoa como é que a gente quer ser visto, olhado e interpretado pelas pessoas. Então eu incluiria as mídias sociais porque acho que nós não somos o que nós somos na vida real o tempo todo nós, acho que a gente edita. A gente escolhe pra que as pessoas vão ver e acho que é um ótimo meio de comunicação.
Novas oportunidades pra todos, né? Com mídias sociais, qualquer pessoa tem a possibilidade dali lá no interior do Nordeste do Brasil mostrar o seu talento para o Brasil e o mundo, né?
Sim, às vezes é importante a gente valorizar quem sabe mostrar. Porque às vezes você tem um talento enão sabe mostrar. Então eu falo às vezes gente é mais importante ter vocação do que talento . Tendo vocação isso dá uma escapadinha ali, aprende ali aí, e tem a capacidade de prender a atenção das outras pessoas. Enquanto se você só tem o talento muitas vezes é preciso pegar pela mão, puxar, fazer aula, olha você tem talento. Enquanto o que tem vocação você não puxa pelo amor, ele já está lá fazendo.
O importante é fazer, persistir?
O persistente foi muito longe. Os outros os virtuosos que já nasceram sabendo não eram persistentes. Então isso eu acho importante a gente lembrar porque os nãos a gente’ sabe que vai receber. Você vai atrás dos outros cinquenta por cento. A gente não pode ter constrangimento em oferecer trabalho, em oferecer talento. Você não está pedindo trabalho. É : me dá uma oportunidade. Eu queria que você conhecesse o meu trabalho… Então esse olhar também a gente tem que ter. Temos que ter humildade. Agora quando você não adianta ser humildezinho. É uma linha tênue. Não é ser antipático …É preciso ter humildade mas não ser humilde no sentido de se diminuir…
Como funciona para você?
Eu por exemplo, sei que não sou o padrão de beleza que é europeu. Vi que não me encaixava no padrão. Mas eu sempre gostei de mim. Temos que ser ‘metidos’ um pouquinho tá gente? Tem que ser tem que ter um pouquinho de metidez na vida. Eu acreditava naquela coisa que a gente se olha e fala: sim, você é capaz . Às vezes atravessar um corredor que você sabe que naquele corredor vai estar o seu chefe ou a pessoa que talvez não goste de você . A cabeça já muda, o pescoço já muda…postura. Uma dica é o elenco.com, um site sério que todo mundo que quer ser ator, buscar trabalhos como artista. Maneira também de conseguir o DRT, Quem não puder arcar com os cursos, que são caros, busquem as bolsas. Acho que o primeiro grande desafio que você tem pra vencer é a você mesmo.
Lida bem com a fama?
Fazendo teatro é possível se preservar melhor nas relações sociais. Quando você sai de uma novela principalmente no Brasil aí a sua vida muda de um dia pro outro. Que é tudo aquilo que você fazia, agora é mais observado nas ruas. Esse é um preço real se paga por favor parece uma coisa gostosa no começo. Às vezes você tem momentos em que fala nossa que saudade do tempo que eu não era olhada porque a gente sente falta da vida cotidiana. Mas eu Dira, não deixo de fazer nada do que eu quero mesmo sendo uma pessoa pública. Você vai no Saara?Vou. Vai ao supermercado? Vou. Você faz coisas cotidianas? Vou, levo os filhos no colégio, vou lá no médico, acompanho, dou bronca… O ator, mesmo quando ele se realiza profissionalmente, o que deixa ele vivo e conectado com a vida é o cotidiano, é a vida real. E eu sempre estudei pros meus filhos.Eu tenho dois filhos, um de 14 anos e um de sete. Assim eu falo : é a vida real. E tem um lado bom também as pessoas elas tem carinho por você.

Dira está filmando “Ó Pai ó”, com Lázaro Ramos
Com Pantanal, certamente isso veio forte para você…
Depois do Pantanal agora reavivou uma coisa, os jovens voltaram a ter um carinho enorme, por conta da novela e voltaram de alguma forma a ver novela. Então agora nas ruas voltou aquele amor, aquela aquele encontro quando você vê uma criança de7 anos que olha pra você e diz … não acredito’. Então tem um lado que é o amor que você percebe que é uma responsabilidade e um presente. Acho importante hoje pelas redes sociais você dizer: ‘sabe fulano eu gosto de você estou fazendo No Palco da vida porque me inspiro em você. um beijo Sales,13 anos . Não pense que ela nunca vai ler o meu recado. Como não? A gente vê e a gente já tem essa proximidade direta, nem precisa nem do telefone da pessoa pra falar direto com os seus ídolos. Então assim eu acho legal você se sentir de igual pra igual por alguém que você admira .
Em alguma novela chegou a se estressar muito?
Já. O brasileiro trabalha muito no afeto… Eu tive um trabalho que me ensinou muito sobre isso Eu pensava..o que está errado aqui? Talvez não me queiram aqui; mas me contrataram. Então, o que eu fiz? Eu anulei tudo que era fora de cena. Anulei as coisas que eu senti que não eram positivas. Pensava assim: eu sou adulta e tenho que aprender a trabalhar nos lugares onde eu não sou afeto não tenho afeto. É mais difícil, é? Mas olha como te deixa forte quando a gente trabalha só pelo afeto . Sea pessoa não te dá um sorriso você já fica…’Poxa ele não riu pra mim e ai estou péssima o que aconteceu? Aí não consigo desenvolver e o que que eu fiz? Pensei gente ninguém é obrigado a gostar de mim. Mas eu vou conviver bem com as pessoas que não necessariamente gostam de você. Isso pra mim foi maravilhoso. Foi libertador. Só não era divertido mas era profissional. E eu conseguia botar toda a minha potência dentro de tela. Então isso pra mim foi uma escola. E eu recomendo aprender viver e trabalhar com quem não se acha uma gracinha, com quem não te acha a melhor atriz ou bonita. Esse profissionalismo ele vai sendo desenvolvido e tem a ver com a autoestima .
A família apoiou sua decisão de ser atriz?
Passei no teste para o meu primeiro filme, né? Aí eu cheguei em reunião na família e aí todos deram opinião. Disse ‘passei para fazer um filme internacional, é o papel principal feminino e querem me contratar’. Ai que legal, maravilha, parabéns. ‘Só que é de índia e eu vou ficar pelada’. Aí já deu aquele negócio, eu era uma menina ainda, nem era muito formada fisicamente e eu usaria só o tapasexo. Então era peito de fora, bumbum de fora… Metade da família achava que eu não deveria fazer o filme. Meu pai olhou pra mim e falou, filha, quando esse filme for lançado, você vai ter 16 anos né? Eu falei é … Ele disse ‘você vai estar no último ano do colégio.Vai aguentar olhar pros seus amigos depois do filme? Aí eu falei pai: ’eu vou ’. Eu achei isso de uma sabedoria…. Primeiro que ele estava confiando em mim o meu próprio desejo. E dizendo: ‘você vai ser responsável pelo que está realizando agora para o futuro’. Disse ‘Então, se você dá conta, experimente’.
Houve um personagem que mais te marcou?
E o que tem mais interessante porque o que foi sucesso talvez tenha marcado mais em público do que a mim. Mas, sem dúvida ou com todas as dúvidas, tenho muitos marcantes em algumas épocas da minha vida. A Filó vai ser marcante, mas por um motivo que pra mim é muito caro, no sentido de querido. E a Dona Helena de “Dois filhos de Francisco”. Ela não era protagonista do filme mas veio no momento muito peculiar da minha vida e fazer sucesso com o personagem do cinema é maravilhoso. O filme bateu o recorde de bilheteria. Eu era uma atriz de cinema, já fazia cinema há mais de vinte anos. Então foi a primeira vez que todo mundo tinha visto o filme. Todo mundo tinha falado o filme. Agora ão posso negar que tem muitos outros personagens como Pureza, que acabei de fazer no cinema também, e que foi muito marcante.Eu destacaria a Filó de Pantanal e a Pureza do filme “Pureza do cinema”.
Uma frase, um ditado….
Olha eu eu quero dizer pra vocês que eu estou muito muito tocada disso aqui porque eu conheci o “No Palco da Vida”. O Wal primeiro, mas o livro foi onde eu pude entender um pouco da história desse espaço. Eu queria dizer pra vocês que o palco é um lugar sagrado. Ele é um templo, dos artistas, assim como aos cristãos têm de alguma forma. O palco é como no templo onde há um momento sagrado. Essa é também um pouco a nossa religião. Ser artista é uma religião. Onde a gente não adora a um Deus. Mas adora esse lugar da magia. Esse lugar gênio. Esse lugar de vontade. Então por isso como pessoas que estão com uma estrada aberta pra pra seguir, eu diria que percebam o que lhes fortalece. Sinta o que deixa vocês mais contentes. É fácil perceber o que nos deixa fortes e o que nos enfraquece. Onde e como e o que te deixa forte é o teu lugar de potência. E é aí que você recarrega a sua bateria e é aí que você vai se transformar numa pessoa forte com alicerce. É um pouco de mim isso, um pouco do que eu estudei de Nietzche, que é um grande filósofo austríaco. Ele fala que você tem que valorizar e perceber o que te deixa potente porque o que te deixa potente é o teu combustível de vida.
Fotos: Jorge Paulino