Nascido no bairro de Padre Miguel, no Rio de Janeiro, em 1º de março de 1949 – sensível, intuitivo e ligado à espiritualidade, como os nativos do signo de Peixes -, Jorge Aragão é um dos maiores nomes da música popular brasileira. Foi fisgado pelo samba ainda jovem, mas esse amor ganhou força quando ele se juntou ao grupo de compositores que se reunia na quadra do Bloco carioca Cacique de Ramos. Foi lá que Beth Carvalho, cantora intimamente ligada à trajetória de Aragão, o conheceu. Beth transformou sambas como “Vou Festejar” e “Coisinha do Pai” em sucessos instantâneos. Carioca de ascendência amazonense, é bom lembrar que Jorge começou sua carreira pelo samba na década de 1970, como guitarrista em bailes e casas noturnas. Entrar no gênero fora das rodas ajudou Aragão a ser um sambista que explora novidades no gênero, ao ponto que declara seguir mestres como Candeia, Roberto Ribeiro e Monarco, devido à “voz autoral”. Como compositor, despontou em 1976, quando Elza Soares gravou sua composição “Malandro” (com Jotabê). Foi integrante do grupo Fundo de Quintal e um de seus principais compositores e letristas, tendo por isso abandonado o conjunto algum tempo depois para dedicar-se à carreira solo. Quase todos os grandes intérpretes de samba têm canções de Jorge Aragão em seu repertório.
