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Por: Claudia Mastrange

Uma carioca de fé e ações. Assim podemos definir Analine Castro, 39 anos, primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro. Casada há 15 anos com o governador Cláudio Castro, com quem tem os filhos João Pedro e Duda, ela une aos afazeres de mãe e as atividades como primeira-dama à bela missão de ser presidente de honra do RioSolidario. A instituição é uma organização sem fins lucrativos que há 26 anos desenvolve projetos voltados para pessoas que se encontram em situação de risco ou vulnerabilidade social, utilizando como bases a educação, a capacitação, a oportunidade, a autonomia e a conscientização.

Em tempos de pandemia, o RioSolidário, presidida por Heloisa Aguiar,  potencializou ainda mais as ações sociais e programas de capacitação e acolhimento. Causas mais do que abraçadas por Analine que, católica de formação, conheceu o marido em atividades da igreja. “Eu e minha família temos a vocação em lutar pelos direitos das pessoas e sempre atuamos nos grupos das paróquias que frequentava. Inclusive, conheci o Cláudio no grupo jovem da igreja e, na nossa caminhada juntos, as causas sociais sempre estão presentes”, conta, nesta entrevista exclusiva à Mais Rio de Janeiro.

Como foi assumir, de uma hora para outra, o posto de primeira-dama do Rio? Qual considera sua maior missão?

É um orgulho acompanhar as ações de um dos maiores estados do país. O Rio de Janeiro é enorme. Não me refiro às dimensões físicas somente e, sim, à riqueza das 92 cidades fluminenses. Aqui, encontramos praias, montanhas e outras inúmeras belezas naturais. Mas o que considero de mais belo é o povo fluminense: homens e mulheres tão aguerridos e, mesmo diante da dificuldade, não desistem. Acho que a maior missão é, cada vez mais, levar políticas públicas para todas as cidades do estado para que todos tenham acesso aos serviços do governo estadual.

A solidariedade sempre foi uma pauta que te interessou? Já se engajava em causas sociais? Acredito que todos nós estamos neste mundo com o propósito de levar amor e solidariedade ao próximo. Eu e minha família temos a vocação em lutar pelos direitos das pessoas e sempre atuamos nos grupos das paróquias que frequentava. Inclusive, conheci o Cláudio no grupo jovem da igreja e, na nossa caminhada juntos, as causas sociais sempre estão presentes. Há tantas causas que me despertam empatia: as pessoas com deficiência, as mulheres vítimas de violência doméstica, a causa animal. É isso que me disponho a fazer, seja por meio do RioSolidario ou na minha vida pessoal. Também é um propósito que desenvolvo com meus filhos João e Duda.

 Como se identifica com o trabalho no RioSolidario? O que mais te toca?

Falar do trabalho do RioSolidario sempre me emociona muito porque envolve tantas mãos em um único objetivo: ajudar o próximo. São 26 anos de atuação da instituição que abrange acolher crianças, jovens, mães e aqueles que estejam em situação de vulnerabilidade social. É árduo, sim, mas é extraordinário possibilitar e gerar esperança. Há muito a ser feito ainda, mas, de mãos dadas, estamos avançando.

Fale um pouco sobre os programas do RioSolidário… Quanto foi arrecadado em alimentos durante a pandemia?

Só de janeiro a agosto deste ano, foram doadas 20 toneladas de alimentos. Este foi um dos principais focos durante a pandemia, pois sabemos que, infelizmente, a insegurança alimentar voltou a assombrar os lares das famílias fluminenses. Outro item no qual focamos foram as doações de máscaras faciais, cerca de 20 mil, fundamentais em tempos de Covid-19. Doamos também quase três mil kits de inverno com cobertores. Neste período, foram 14 cidades atendidas e 45 instituições beneficiadas. Um tema que tenho muita alegria em falar é sobre educação e nossos espaços infantis na Vila do João (Maré), Jardim Batan (Realengo) e Cidade de Deus. Atendemos crianças de 4 meses a 3 anos e 11 meses com atividades que envolvem muito amor. Crianças são o futuro e, por isso, nossa preocupação em oferecer espaços onde os pequenos possam se desenvolver cognitiva, motivacional, física e psicologicamente.

As creches do RioSolidario atendem 650 crianças em várias comunidades (Foto Digulgação)

E certamente os jovens também fazem parte desse foco…

Também temos programas para os jovens no que se refere à capacitação profissional – Programa Dupla Escola e Jovem Aprendiz. É preciso ter este olhar atento aos adolescentes, principalmente aos que moram nas periferias das cidades. É uma geração que tem um potencial enorme, mas que, muitas vezes, sofre por não ter oportunidade. Por ser mãe e mulher, um assunto que me toca profundamente é a violência doméstica. Os dados são, além de tristes, alarmantes. Neste período de pandemia, em virtude do isolamento social, o número de vítimas vem crescendo de maneira assustadora. Se, por um lado, a realidade é dura, o RioSolidario abre portas e fomenta a esperança por meio da Casa Abrigo Lar da Mulher. É um local de refúgio para as vítimas de violência doméstica recomeçarem a vida, onde as mulheres são abrigadas com os filhos e recebem assistência integral.

O pensar no coletivo inclui também, além de proporcionar alegria – como no ‘Natal Solidário’ – e alimento – como no ‘Locomotiva do Bem’ – buscar criar meios para capacitação, oportunidades de inclusão e geração de renda, certo?

Estes dois projetos do RioSolidario são exemplos de como o bem se constrói a várias mãos. Ninguém faz nada sozinho e, por isso, estimulamos algo que é tão singelo: o ato de doar. Além disso, o RioSolidario busca também ofertar a capacitação profissional. O programa “Dupla Escola” é um exemplo, que integra o Ensino Médio regular e o profissionalizante, com foco no desenvolvimento de habilidades técnicas que ampliam as possibilidades de inserção do jovem no mercado de trabalho. Já o “Jovem Aprendiz” tem por objetivo disponibilizar vagas de trabalho apostando na construção de oportunidades, na evolução social, econômica e cultural e na mobilidade social de jovens de comunidades.

A primeira-dama com a presidente do RioSolidario, Heloisa Aguiar: parceria e ações (Foto: Divulgação)

Acredita que, nesses tempos, ainda com os efeitos da pandemia, é preciso mais do que nunca exercitar a solidariedade, a boa vontade o olhar para o outro e compartilhar?

Embora a pandemia tenha nos trazido incertezas e, por muitas vezes, o medo e a perda de pessoas queridas, ela também despertou nas pessoas o lado mais bonito que o ser humano tem: o da empatia e do acolhimento ao próximo. De ações mais simples, como vizinhos se ajudarem na compra em mercados até grupos que foram às ruas para entregar refeições a quem, infelizmente, mora nas ruas. Desejo que estes sentimentos possam seguir no coração de cada cidadão do Rio de Janeiro.

Em pleno Terceiro Milênio, por que acha que a fome ainda assola tantos países? No Brasil, um em cada quatro brasileiros (24,1% da população) viveu abaixo dessa linha em 2020. São quase 51 milhões de pessoas com menos de R$ 450 por mês. (Dados do IBGE)

A fome é algo terrivelmente trágico. Me entristece muito pensar que lares de famílias fluminenses voltaram a sofrer com este mal. O Governo do Estado, sensível a este tema, buscou alternativas para amenizar os impactos sociais da pandemia. O auxílio emergencial SuperaRJ foi criado para que as famílias que perderam o poder aquisitivo pudessem ter alguma renda para colocar comida na mesa. Outros programas, como o Restaurante do Povo e o RJ Alimenta, foram criados com o objetivo de ofertar refeições a preço popular e/ou gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Pelo RioSolidario, foram doadas 20 toneladas de alimentos somente entre os meses de janeiro e agosto deste ano.

Vencer a fome e a desigualdade é uma missão, mais que política, humanitária?

A política é apenas uma ferramenta para que os serviços possam chegar a todos, principalmente para aqueles que são mais vulneráveis. Mais do que sofrer junto com o próximo, podemos estender a mão a ele e dizer: eu te ajudo. Ser humano é isso: acolher e oferecer a mão amiga. Nesta crise humanitária que vivemos com a COVID-19, redirecionamos todos os esforços do RioSolidario para que pudéssemos focar na segurança alimentar das instituições parceiras da Instituição, focamos 100% em estabelecer parcerias com a sociedade civil e Governo para distribuirmos cestas básicas. A fome, infelizmente, não acabou.

Analine, com o marido, o governador Cláudio Castro e os filhos João Pedro e Duda (Foto: Reprodução Instagram)

Como concilia os afazeres de mãe de duas crianças, esposa, torcedora do Flamengo e as atividades de primeira-dama?

Acho que ser multitarefa é quase uma condição da mulher brasileira e fluminense. Não vou dizer que não seja cansativo, mas quando estamos dispostos e temos pessoas na mesma sintonia que a nossa, como a equipe do RioSolidario, tudo se torna mais fácil. O grupo, além de profissionais de muita competência, se ajuda muito. Não encaro a maternidade como uma atividade e, sim, uma missão dada por Deus. Gostaria de agradecer a oportunidade desta entrevista e convidar aos leitores para conhecer mais o trabalho do RioSolidario (@riosolidario).

Fim de ano com mais alegria

Se nos últimos anos, a ações solidárias se fizeram mais que urgentes, pertinho do Natal elas se intensificam ainda mais. Depois de encabeçar a campanha Locomotiva do Bem, espalhando ‘vagões’ em dezenas de instituições para coletar alimentos não perecíveis e distribuir pelas mais de mil entidades beneficentes cadastradas em sua rede estadual, o RioSolidario, nesta reta final de 2021, lançou a campanha Natal Solidário para levar mais alegria às crianças do estado do Rio de Janeiro. A sede da ONG, em Laranjeiras, arrecadou brinquedos novos que serão destinados para programas do RioSolidario e instituições cadastradas na rede.

Cerca de 650 crianças recebem ensino de qualidade nos Espaços de Educação Infantil gerenciados pelo RioSolidario, localizados nas comunidades Cidade de Deus, Batan e Vila do João. Além disso, os filhos das residentes da Casa Abrigo Lar da Mulher, espaço voltado para o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica, também vão ser beneficiados com as doações de brinquedos novos.

“União, inclusão e amor são as principais mensagens que queremos transmitir com o Natal Solidário deste ano. Em um período de dificuldades adversas, acreditamos que juntos podemos fazer muito mais por quem precisa, proporcionando também carinho e alegria”, ressaltou a presidente de honra do RioSolidario, Analine Castro.

Santuário do Cristo Redentor: acolhimento aos vulneráveis

Muitas pessoas estão em grave situação de vulnerabilidade social diante do atual cenário do coronavírus (covid-19) e, pelas ações do Santuário do Cristo Redentor, no Rio, estão recebendo a sua ajuda para enfrentar essa pandemia.

Este ano, o Santuário chegou à marca de 500 toneladas de alimentos e itens de higiene pessoal, proteção facial e limpeza distribuídas a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade e instituições sociais do estado do Rio de Janeiro pela campanha social “Cristo Redentor, Eu Quero Doar”.  Até o fechamento desta edição, também já foram entregues mais de 5 milhões de pães produzidos em parceria com a Associação Tarde com Maria. No total, são cerca de 300 comunidades atendidas.

“Esta plataforma de doações teve seu inicio neste cenário de a pandemia e será permanente, sempre ajudando causas sociais importantes. Juntos já ajudamos milhares de pessoas, muitas que não têm nem mesmo o que comer”, declara o Padre Omar, reitor do Santuário do Cristo Redentor..

Um grande momento de solidariedade aconteceu durante 5 dias, de 12 a 16 de outubro, quando a Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro recebeu a Festa dos 90 anos do Cristo Redentor. Foi  um momento marcante na vida da população mais vulnerável  e que tanto precisa de ajuda na cidade.

Nesse período, foram oferecidos diversos serviços sociais à população. Junto com mais de 100 parceiros, o Santuário Cristo Redentor realizou 17.222 atendimentos, que vão desde retirada de documentos e exames médicos até higienização e prevenção de doenças.

A instituição dedicou um agradecimento especial a todos os voluntários que participaram dos dias de evento e, incansavelmente, fizeram dessa festa um marco importante na vida de tantos.

Para colaborar, basta acessar o site: cristoredentor.euquerodoar.com.br

Natal sem Fome firma parceria com o Rock in Rio

E se cada um fizer a sua parte? Essa é a mensagem da campanha Natal Sem Fome 2021, que tem como missão mobilizar a sociedade civil para que milhares de famílias celebrem a data com dignidade e prato cheio. Nesta edição, a Ação da Cidadania faz a releitura de uma das histórias contadas por seu fundador Herbert de Souza, o Betinho, conhecida como  a “Fábula do Beija-Flor”. Nela, o pássaro é questionado ao tentar apagar um incêndio na floresta levando água no bico. Ele tem consciência de que sozinho não consegue, mas dá o exemplo que se cada animal da floresta fizer a sua parte, o fogo vai cessar.

“O Natal Sem Fome simboliza a nossa luta e esperança por dias melhores para a população que vem sofrendo com a falta de comida. Até o momento, já arrecadamos mais de R$ 10 milhões, valor acima do que conseguimos no ano passado. A campanha é um convite para que as pessoas deem asas à solidariedade e também se transformem em beija-flores, afinal, cada R$1 doado equivale a um prato de comida”, explica Rodrigo “Kiko” Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania, única instituição que tem abrangência nacional, estando presente inclusive em regiões mais distantes, como comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas. As cestas serão distribuídas em todo o país entre os dias 17 e 19 de dezembro.

O Brasil vive ainda sob os efeitos da crise intensificada durante a pandemia, com 19 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2021”, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com o WFP e outras instituições, aponta que 23,5% da população brasileira esteve em situação de insegurança alimentar moderada ou severa entre 2018 e 2020.

“A fome não tem vacina. A cura só vem através das políticas públicas. Por isso a gente pede que cada um dê asas a sua solidariedade e nos ajude, porque quem tem fome, tem pressa. A nossa meta é arrecadar seis mil toneladas de alimentos em todo o país para distribuir para 2,5 milhões de pessoas”, reitera Daniel Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania.

A campanha deste ano já conta com o apoio de empresas como Vale, iFood, Coca-Cola, Claro, TikTok, Ipiranga, Enel e Ancar e espera mobilizar dezenas de outras.

Nesse intuito, a Ação da Cidadania fechou também uma parceria com o Rock in Rio para alavancar as doações. Desde o dia 7/12, a cada R$ 20 em doações através do site (www.natalsefome.org.br/rockinrio), a pessoa ganhará um cupom para concorrer a um par de ingressos de gramado para a próxima edição do festival em setembro de 2022. Ao todo, a promoção vai sortear 250 pares de ingressos.

As doações devem ser realizadas pela internet, na página oficial do Natal Sem Fome (www.natalsemfome.org.br).

Fotos: Divulgação e Breno Lima

 

 


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